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Um trabalho desenvolvido em sala de aula por estudantes do curso de graduação em Ciências Econômicas da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) propõe uma solução para melhorar a produtividade e os salários de costureiras na indústria têxtil do Alto Vale do Itajaí. O estudo concluiu pela viabilidade de implantação de uma certificação para as trabalhadoras, que proporcionaria ganhos salariais conforme a produtividade.

O desafio, proposto aos alunos pelo Sindicato das Indústrias da Fiação, Tecelagem, Confecção e do Vestuário do Alto Vale do Itajaí (Sinfiatec), foi avaliar a possibilidade de estabelecer um salário-piso para as costureiras da região. O sindicato das empresas também pediu um estudo sobre a implantação de uma certificação para as trabalhadoras, com o objetivo de melhorar a eficiência do setor.

Os resultados foram apresentados pelos alunos ao setor empresarial na manhã da última sexta-feira, 25, em videoconferência durante aula da disciplina Microeconomia 3, ministrada pela professora doutora Marianne Zwilling Stampe, do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), unidade da Udesc que oferece o curso de Ciências Econômicas, em Florianópolis.

Piso e certificação

O estudo foi elaborado pelos estudantes Gabriel Okawati, Débora Oliveira, Leonardo Machado, Nelson Ambros, Pietro Figueiredo, João Gomes, Taiamã Demaman e Bernardo Trebien. Eles foram orientados pela professora Marianne Stampe.

Uma análise macroeconômica mostrou que as costureiras vêm sofrendo perdas reais (descontada a inflação) do valor de seus salários ao longo dos últimos anos. Mas a proposta elaborada pelos alunos se afasta da fixação de um salário-piso, ideia que não é bem vista pela teoria econômica. Em vez, disso, o trabalho propõe um sistema de certificação capaz de distinguir as trabalhadoras mais produtivas, para remunerá-las melhor.

O estudo concluiu pela viabilidade de implantação de um sistema de certificação. Para isso, o trabalho usa a teoria dos jogos e o problema de informação assimétrica para demonstrar a vantagem de remunerar melhor as trabalhadoras mais produtivas.

Além disso, o estudo sugere um modelo econométrico para medir se a certificação de fato aumenta a produtividade. Isso pode ser feito separando as costureiras em dois grupos (um que recebe a certificação após treinamento e outro não) e medindo as diferenças. O trabalho também sugere ouvir demandas das costureiras para melhorar o ambiente de trabalho, com base na economia comportamental, com efeitos também na produtividade.

Parceria

O presidente do Sindifiatec, Iuri Cristofolini, disse ter ficado surpreso com a produção do trabalho pelos alunos em tão pouco tempo – cerca de um mês – e garantiu que ele será usado pela indústria. “A gente perde bons profissionais porque o salário-piso não atrai, mas com a certificação, você pode ter pisos por faixa de produtividade, o que torna mais atrativo”.

Para a professora da disciplina, Marianne Stampe, esta é uma experiência que vai marcar a formação dos estudantes. “Não é só o que está ali no livro, é uma oportunidade de aplicar no mundo real os conhecimentos adquiridos em sala de aula”.

Esse tipo de trabalho tem tudo a ver com o perfil da Udesc Esag, segundo a diretora de ensino de graduação, Ana Paula Menezes Pereira. “A universidade tem esse papel sim de resolver problemas com a sociedade”, afirma a professora.

Também participaram da apresentação os empresários Rafael Boaventura, assessor da Vice-presidência da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) para o Alto Vale do Itajaí, e Hemerson May, que estabeleceu o primeiro contato com a Udesc Esag para propor o desafio aos estudantes.

 



Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
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